DIA NACIONAL DO COMBATE AO CÂNCER INFANTIL - 23 DE NOVEMBRO

DIA NACIONAL DO COMBATE AO CÂNCER INFANTIL - 23 DE NOVEMBRO

QUANDO UMA CRIANÇA ADOECE COM CÂNCER, QUEM ESTIVER EM SEU ENTORNO SOFRE E SE ENVOLVE, DAÍ A IMPORTÂNCIA DO DIA NACIONAL DO COMBATE AO CÂNCER INFANTIL QUE CONTRIBUI PARA EDUCAR, PROMOVER, APOIAR E DIFUNDIR CONHECIMENTOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS, NA BUSCA DE PRESERVAR VIDAS E MINIMIZAR SOFRIMENTO. FAZEMOS PARTE DO MESMO TECIDO SOCIAL E O SOFRIMENTO DO OUTRO É MEU TAMBÉM.

 

Em 2008 foi instituído pela Lei 11.650/08 o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, com a finalidade de estimular ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantil, promover debates e eventos sobre políticas públicas de atenção integral às crianças com câncer, apoiar atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol de crianças com câncer, difundir avanços técnico-científicos relacionados a câncer infantil e apoiar familías de crianças com câncer.

Chamamos a atenção para os pilares acima: políticas públicas, sociedade civil, avanços técnico-científicos e família da criança. Significa dizer que o câncer infantil é um desafio de governo, sociedade, ciência, família e pessoas próximas da criança que o sofre.

Segundo especialistas, “não só o médico, mas toda a equipe que cuida da criança precisa ser especializada no tratamento e na abordagem pediátrica, pois a criança não é um adulto pequeno. Ela tem um organismo diferente, tem reações e responde ao tratamento de forma diferente dos adultos.” Portanto, o tratamento do câncer infantil é um desafio multidisciplinar que envolve médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, cirurgiões, fisioterapeutas e família, além de vários outros profissionais da sociedade comum.

“Também é preciso considerar que os tipos de cânceres pediátricos são distintos, sendo os mais comuns as leucemias agudas, tumores de sistema nervoso central, neuroblastoma, sarcomas e tumor de Wilms, dentre outros.” (Dra. Cecília Costa, pediatra no A. C. Camargo Cancer Center).

O tratamento do câncer infanto-juvenil consiste em quimioterapia, radioterapia e cirurgia, que podem ser adotados isoladamente ou em combinação. "A definição da melhor abordagem terapêutica é feita por um time multidisciplinar, que contempla o médico patologista, radiologista, dentre outros especialistas em tumores pediátricos", segundo a médica oncopediatra Dra. Viviane Sonaglio, da Rede D'OR São Luiz.

A criança precisa ser tratada como um todo, muito além da doença, pois é um indivíduo que tem dores, emoções, momentos de crise profunda e necessidades específicas. Toda a cadeia de relacionamento humano que a cerca também sofre e faz parte do processo de tratamento.

De acordo com matéria publicada no UOL (Viva Bem, edição de 17 de setembro de 2020) o câncer é a doença que mais mata crianças e adolescentes no Brasil. São 2.565 mortes anuais, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer do Inca (Instituto Nacional de Câncer).

Acima de 80% dos acometidos de câncer infantil têm possibilidade de cura quando diagnosticado precocemente e recebe os cuidados médicos e sociais necessários.

Cânceres infanto-juvenis mais comuns e conhecidos
Leucemia no sangue: câncer pediátrico mais comum no país. Seus subtipos são Leucemia Linfoide Aguda, mais comum dos 2 aos 5 anos, podendo acometer também em idade adulta, Leucemia Mieloide Crônica e Leucemia Mieloide Aguda, que acometem pacientes das mais variadas idades.

Linfoma: se desenvolve em uma das células do sistema imune de defesa, chamada linfócito. Esta célula, que normalmente pode circular pelo sangue, pela linfa, ou mesmo permanecer nos gânglios, tem a função de organizar uma resposta mais específica contra um agente agressor, sobretudo no caso de vírus, assim como é capaz de reconhecer e eliminar células com defeito no nosso organismo.

Neuroblastoma: se desenvolve em formas primitivas das células nervosas (neuroblastos) do sistema nervoso simpático. Pode acometer a glândula adrenal, coluna espinhal, tórax, pescoço e pelve.

Hepatoblastoma: um tipo raro de câncer que acomete o fígado, órgão que tem como principais funções filtrar e armazenar sangue, processar alimentos ingeridos e produzir proteínas vitais para o corpo. A maioria dos hepatoblastomas ocorre no lobo direito e a partir dos primeiros 18 meses de vida até os 5 anos de idade.

Osteossarcoma: mais comum a partir dos 10 anos de idade, principalmente na adolescência, na fase conhecida como "estirão do crescimento". Geralmente, se desenvolve com mais frequência em áreas onde o osso está crescendo rapidamente: ossos ao redor do joelho, no fêmur distal (a parte inferior do osso da coxa) ou na tíbia proximal, e nos ossos do braço próximo ao ombro. Pode surgir também nos ossos da pelve (quadris), ombro e mandíbula.

Sarcoma de Ewing: tem origem nos ossos pélvicos (quadril), na parede torácica (costelas ou escápulas) ou no meio dos ossos da perna. Pode ser classificado como Sarcoma de Ewing ósseo, o mais comum deles, Sarcoma de Ewing extraósseo e Sarcoma Neuroectodérmico Periférico Primitivo.

Rabdomiossarcoma: faz parte do grupo de sarcomas das partes moles. Se desenvolve nos músculos ligados aos ossos e atinge, principalmente, regiões da cabeça e pescoço, sistema urinário e extremidades.

Tumor de Wilms: conhecido também como nefroblastoma, tem origem no rim. Comumente ocorre na infância e pode acometer os dois rins.

Câncer do Sistema Nervoso Central (SNC): acontece quando há o crescimento de células anormais no cérebro das crianças. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é mais comum na infância. Assim, é preciso estar atento a sinais e sintomas, como persistente dor de cabeça, vômito, visão alterada, sonolência, dificuldade para andar, crises convulsivas, perdas de marcos de desenvolvimento, entre outros.

Retinoblastoma: raro, é um tipo de câncer de olho mais comum em bebês e crianças pequenas. Desenvolve-se na retina, na parte posterior de olho. Raramente é diagnosticado em crianças acima de 6 anos. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 90%. Se disseminado, o percentual de cura cai de forma acentuada.

Como este desafio – o combate ao câncer infantil – é de alta complexidade e exige equipe multidisciplinar, há que ser, então, um compromisso de todos os segmentos da sociedade. Das políticas de governo às campanhas de conscientização de todos nós, passando por grupos de ação coletiva e indivíduos porque diz respeito a todos e a todos afeta.

Quando uma criança adoece com câncer, quem estiver em seu entorno sofre e se envolve, daí a importância do Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil que contribui para educar, promover, apoiar e difundir conhecimentos técnicos e científicos, na busca de preservar vidas e minimizar sofrimento. Fazemos parte do mesmo tecido social e o sofrimento do outro é meu também. 

A Woson, uma empresa que desenvolve, comercializa e distribui equipamentos para a Saúde, apoia essa luta.

Woson

Praticar saúde é nossa missão.

(Parte dessa matéria foi retirada do Caderno Viva Bem, do Portal UOL, edição de 17/09/2020, baseada em informações da Sociedade Brasileira de Patologia)  

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Waldomiro Peixoto
Consultor Técnico Woson