A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS.
AO LADO DE VACINAR-SE, DE USAR MÁSCARA, DE EVITAR AGLOMERAÇÃO E DE HIGIENIZAR-SE CORRETAMENTE, O ATO DE LAVAR AS MÃOS COMPLETA O COMPORTAMENTO PREVENTIVO MAIS IMPORTANTE NO COMBATE À PANDEMIA COM O COVID19 E ÀS OUTRAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS. COM AS MÃOS INTERAGIMOS COM NOSSO MEIO E COM O MUNDO.
A lavagem das mãos é, sem dúvida, o ato mais simples e eficaz na prevenção contra doenças transmissíveis. Mesmo sendo um tema secular, em um mundo moderno, com aglomeração de milhares de pessoas compartilhando o mesmo ambiente, o ato de lavar as mãos continua impactando.
Desde quando a COVID-19 ganhou o mundo no início de 2020 e foi declarada pandemia pela OMS, muito se tem falado e ouvido sobre o tripé: máscara, isolamento social e higienização das mãos.
A terceira medida - higienização das mãos - ganhou mais visibilidade e sua importância tem sido ratificada pela mídia, passando a fazer parte do cotidiano de todos nós.
Há séculos se sabe que a higienização das mãos é ato fundamental na prevenção de contaminação. Apesar de tudo, este ato simples ainda é negligenciado por muitos.
O fato de ser tão óbvio provavelmente seja causa de tantos descuidados que acabam por afetar mucosas da boca, dos olhos e entrada das vias respiratórias e tornar-se um grande desafio de Saúde Pública.
Higienizar as mãos é um processo. Basicamente é uma ação de fricção das mãos, com preparação alcoólica ou substância emulsificante como sabão, sabonete ou detergente. Deve-se considerar a qualidade da preparação alcoólica, quantidade utilizada, tempo de fricção ou lavagem e a superfície da mão friccionada ou lavada.
Essas ações dão mais resultado quando a pele das mãos está livre de lesões ou cortes, as unhas estão no tamanho natural, curtas e sem esmalte, e as mãos e antebraços sem joias e descobertos.
Deve-se lavar as mãos rotineiramente, mas especialmente antes e/ou depois de comer, beber ou manusear alimentos e bebidas, utilizar instalações sanitárias, assoar nariz, tossir, espirrar, coçar o olho, trocar lentes de contato, trocar máscaras, tocar animais, manusear seus excrementos, manusear resíduos ou lixos, ter contato com transportes e utensílios públicos, contato (toque ou visita) com pessoas doentes, feridas, cortes, arranhões, queimaduras.
Nos ambientes de saúde – consultórios, clínicas, ambulatórios, postos de saúde, laboratórios e hospitais – onde o risco de contaminação se potencializa, há protocolos e técnicas mais rigorosas recomendadas para a higienização propriamente dita e cuidados sistêmicos para a manutenção da cadeia de proteção.
“A higienização das mãos é considerada a ação isolada mais importante para a prevenção e o controle das infecções em serviços de saúde. O simples ato de lavar as mãos com água e sabonete líquido, quando realizado com técnica correta, pode reduzir a população microbiana das mãos e interromper a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da área da saúde.”. (Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos – Manual_Odonto.PDF – Anvisa – 2006)
Para lavagem das mãos, aplicar antissépticos e fazer sua antissepsia cirúrgica, o Manual ANVISA recomenda:
- Manter o corpo afastado da pia.
- Abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da pia.
- Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml, em geral), suficiente para cobrir toda a superfície das mãos.
- Ensaboar as mãos, friccionando uma na outra por aproximadamente 15 segundos, com o objetivo de atingir toda a superfície.
- Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos dedos.
- Enxaguar as mãos em água corrente, retirando totalmente o resíduo do sabonete, sem tocar na superfície da pia ou na torneira.
- Enxugar as mãos com papel-toalha descartável (não utilizar toalhas de uso múltiplo).
- Para aplicar antissépticos à base de álcool, que dispensem enxágue:
- Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml, em geral), suficiente para cobrir toda a superfície das mãos.
- Friccionar as mãos uma na outra, com o objetivo de aplicar o produto em toda a superfície.
- Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos dedos.
- Friccionar o produto até que seque completamente (não usar papel-toalha).
Para fazer a antissepsia cirúrgica das mãos:
- Aplicar produto antimicrobiano em quantidade recomendada pelo fabricante, suficiente para cobrir toda a superfície das mãos e antebraço.
- Limpar as unhas, friccionando-as contra a palma da mão ou escova macia.
- Utilizar escova macia para friccionar a pele (opcional).
- Efetuar movimentos de fricção iniciando pela extremidade dos dedos, continuando pelos espaços interdigitais, faces das mãos, punhos e antebraços, dispendendo de dois a seis minutos.
- Enxaguar as mãos em água corrente, deixando escorrer das pontas dos dedos para o antebraço, até eliminar completamente o produto.
- Secar as mãos com compressa estéril, com movimentos compressivos, partindo das pontas dos dedos e seguindo pelas mãos até chegar ao cotovelo.
Espera-se que todos nós tenhamos aprendido a lição com o surgimento da pandemia do Novo Coronavírus e nos tornado mais conscientes da importância do hábito de higienizar as mãos em nosso cotidiano, depois do massivo trabalho da mídia.
Nos ambientes de tratamento da saúde, espera-se mais: que ações biosseguras mais efetivas e o indispensável hábito de higienizar as mãos tecnicamente correto, mais que hábito, façam parte da cultura dos profissionais de saúde.
Cultura é mais que conhecimento, é mais que comportamento, é mais que hábito. Cultura é o que faz parte de nós mesmos, de nossa forma de ser e existir. Higienizar as mãos precisa de ser um ato cultural.
Woson - Biossegurança responsável
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