VOCÊ SABE QUAIS OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UM PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO?

VOCÊ SABE QUAIS OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UM PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO?

Um processo de esterilização depende de um protocolo operacional com várias etapas que vão além da autoclave - lavagem de instrumental, enxágue, embalagem, autoclavagem armazenagem e uso - mas neste artigo tratamos exclusivamente sobre o que acontece dentro da autoclave, durante o processo de esterilização. Boa leitura!

O princípios básicos são tempo, temperatura, pressão, qualidade de água destilada ou purificada e qualidade de saturação do vapor.

Vamos entender como funciona este processo. A esterilização pode se dar por calor seco ou úmido, meio químico ou físico-químico. Em nosso segmento de equipamentos médico-odontológicos, nosso interesse neste espaço é a operação com calor úmido que, por ser vapor saturado, também é chamado de vapor “seco”, por meio de autoclave.

O vapor é considerado “seco” por ter menos de 5% de umidade e, obviamente, encontrar-se acima de 95% no estado gasoso. Pode ser produzido 1) através de resistência imersa em água destilada ou purificada dentro da câmara de inox ou 2) através de gerador de vapor. Nos dois métodos a água aquece até atingir o ponto de ebulição, momento em que há mistura equilibrada de líquido e vapor. Este ponto em que ocorre a saturação é o limiar entre o estado líquido e o gasoso, com alto poder de penetração nas superfícies a esterilizar.

Um vapor com mais de 5% de umidade e com menos de 2% não é bom para o processo de esterilização. Sua faixa de excelência é entre 5% e 2%. Com mais de 5% de umidade, prejudica a secagem do material. E com menos de 2% de umidade, pode danificá-lo e até mesmo queimá-lo. O vapor acima do ponto de saturação (menos de 2%) é tecnicamente chamado de “vapor superaquecido”, perde sua latência, não serve para autoclavagem de material, mas serve para outros fins que não nos interessam nesta matéria. 

“A esterilização por vapor saturado de água baseia-se em quatro propriedades que têm incidência decisiva no processo:

1. Elevada temperatura a pressões não-elevadas;

2. Elevado calor latente (aquele que é transferível para uma superfície);

3. Formação de água ao condensar-se no máximo 5%;

4. Contração instantânea do volume ao condensar sobre uma parede fria.

Essas quatro propriedades atingem seu melhor nível quando o vapor se encontra na condição de saturado e seco, ou seja, nem úmido nem aquecido.” (Fernando Bustamante, in “Conceitos Básicos de Esterilização e Qualificação”).

O efeito letal contra os microrganismos decorre da ação conjugada da temperatura, pressão e agente esterilizante (vapor saturado), obrigatoriamente nesta ordem, que age ao entrar em contato com a superfície contaminada, umedece-a, libera calor (latência), penetra sob pressão nos materiais e promove a desorganização da estrutura celular dos microrganismos, podendo levá-los à morte.

Reforçamos que se o agente esterilizante (vapor saturado) for impedido de chegar a certos pontos, dentro da carga envelopada, por bolhas de ar (ar e vapor saturado não se misturam), ali não ocorrerá obviamente a esterilização. Exatamente por isso que as autoclaves a vácuo são bem mais efetivas e mais seguras do que as que não têm vácuo.

Um ciclo completo da autoclavagem, grosso modo, compreende a remoção do ar, admissão de vapor saturado e exaustão (de preferência a vácuo), e, por fim, secagem (quanto mais seco o vapor menor é o tempo de secagem) do material autoclavado.

A boa qualidade do vapor saturado é decorrente da boa qualidade da destilação ou purificação, recomendada abaixo de 50 micro-Siemens de condutividade. A água destilada da Destiladora Drink10 da Woson tem abaixo de 50 micro-Siemens e a purificada por osmose reversa pelo WPS Woson abaixo de 10.

Quaisquer dúvidas podem ser esclarecidas pelo Suporte Técnico da Woson, acesse o link para contatos e conteúdos atualizados.

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Até o próximo artigo.

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Waldomiro Peixoto
Consultor Técnico Woson