COMO FUNCIONAM OS CICLOS DE ESTERILIZAÇÃO EM AUTOCLAVES?

A QUALIDADE DA ESTERILIDADE E SUA GARANTIA DEPENDEM DA REPETIBILIDADE DE UM PROCESSO CONSISTENTE. A RDC 15 DA ANVISA DETERMINA UM PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS CONSISTENTES, CONHECIDO POR 'POP', PARA AUTOCLAVES GRAVITACIONAIS E PRÉ-VÁCUO, RESPECTIVAMENTE CLASSE N E CLASSE B.
A qualidade assegurada da esterilização depende da repetibilidade de um processo consistente. Em razão disto, a ANVISA determina em sua Resolução RDC Nº15 a elaboração de um procedimento chamado POP (Procedimento Operacional Padrão), robusto e consistente aos processos de esterilização, para autoclaves Classe N Gravitacionais e Classe B Pré-Vácuo.
Os ciclos em autoclaves N ou autoclaves B, entretanto, têm características específicas e entregam resultados distintos.
Nas ilustrações, os ciclos foram considerados com material empacotado, situação mais comum em Centrais de Materiais e Esterilização (CME).
Qual a autoclave ideal para atender às suas necessidades e trazer segurança a seu paciente?
Assista, compare e decida. A Woson se coloca à disposição dos Profissionais de Saúde para esclarecimentos complementares, se necessários.
AUTOCLAVE CLASSE N GRAVITACIONAL
1. FASE DE ACONDICIONAMENTO – o equipamento inicia com pré-aquecimento da câmara interna por transmissão de calor à carga, antes de atingir o ponto de pressurização. Ao iniciar o aquecimento, retira simultaneamente o ar contido na câmara e carga, mas é possível ainda restar bolhas de ar. O "arrasto" das bolhas de ar se dá através das fases de despressurização, poor gravidade, antes do processo de saturação. Lembrar sempre: “Onde houver bolhas de ar não haverá esterilização!”, porque o vapor saturado não atua dentro de bolhas de ar.
2. FASE DE AQUECIMENTO – ocorre através de uma resistência elétrica no entorno da câra de inox. A água destilada, ao atingir o ponto de ebulição, passa do estado líquido para o estado de vapor e a pressão dentro da câmara de inox sobe. O aquecimento procura atingir a temperatura selecionada, +121°C ou +134°C, indicadas no painel da autoclave.
3. PATAMAR DE ESTERILIZAÇÃO – durante esta fase do processo, entram em ação 3 parâmetros essenciais: 1° tempo, 2° temperatura e 3° Pressão. quando temperatura e pressão atingem o patamar de esterilização, a temperatura selecionada de 121°C e pressão de 110 kPa, a destruição dos microrganismos se realiza em 20 minutos. Ou em 6 minutos, ao atingir a temperatura de 134°C e pressão de 210 kPa.
4. FASE DE DESPRESSURIZAÇÃO – ocorre após o término da esterilização, ou destruição dos microganismos. Neste momento, a pressão positiva dentro da câmara de inox é aliviada, o vapor saturado é retirado e o processo de secagem da carga é iniciado.
5. FASE DE SECAGEM – uma vez aliviada a pressão e retirado o vapor saturado de dentro da câmara de inox, inicia-se o processo de retirada da umidade residual na carga empacotada, através de 10 pulsos de exaustão por um dispositivo que força a retirada do ar quente, ao mesmo tempo em que é admitido ar frio dentro da câmara passando este por um filtro hidrófobo ou bacteriológico e purificado para que não ocorra contaminação do material esterilizado enquanto a embalagem se encontra ainda únida e quente em estado de "secando". Este ar frio, ao passar por uma serpentina aquecida, é também aquecido para que não ocorra choque térmico ao alcançar o interior da câmara de inox durante a secagem. Esse procedimento de secagem do material, sem choque térmico e com ar purificado, se dá sem abrir a porta do equipamento. Este é um ponto crucial no ciclo de esterilização, porque “pacote úmido é pacote contaminado”, e a porta fechada protege a esterilidade do material processado.
6. FIM DO CICLO – terminada a secagem, abre-se minimamente a porta e se aguardam entre 3 e 5 minutos antes da manipulação das cargas. Atentar, nesta fase, para os procedimentos orientados pelo fabricante, antes de retirar o material estéril para uso imediato ou para armazenamento.
AUTOCLAVE CLASSE B PRÉ-VÁCUO
1. FASE DE ACONDICIONAMENTO – a colocação de material envelopado dentro das bandejas de forma correta é muito importante para a atuação do agente esterilizante (vapor saturado) e, depois, ocorrer, de modo eficiente, a secagem absoluta do material esterilizado.
2. FASE DE PRÉ-VÁCUO – ao final do pré aquecimento, a bomba de vácuo entra em ação para retirada, através de 3 pulsos de vácuo, de quase 100% de ar de dentro do material envelopado, possibilitando excelente penetração de vapor na carga acondicionada, alcançando as estruturas profundas do material a esterilizar. “Onde houver ar não haverá esterilização!”. Simultaneamente aos vácuos, há a injeção de vapor no momento em que a câmara se encontra a uma pressão negativa de 75 kPa, condição ideal para penetração do agente esterilizante (vapor saturado) no interior dos envelopes.
3. FASE DE AQUECIMENTO - concluído o pulso - ou os pulsos - de vácuo e de injeção de vapor acima, o aquecimento e a presão continuam subindo até atingir os patamares selecionados - 121°C a 110 kPa ou 134°C a 210 (230 kPa, no teste B&D) - para entrar na fase de esterilização (que vai variar de 3.5 minutos a 18 minutos), conforme programa escolhido.
4. FASE DE ESTERILIZAÇÃO – atingida a temperatura selecionada de 121°C a 110 kPa ou 134°C a 210/230 kPa, é disparado o tempo de exposição que pode variar de 3.5’ a 18’, conforme o programa selecionado no painel no início do processo. Esta é a fase em que os microrganismos são destruídos pela ação do agente esterilizante (vapor saturado), da temperatura e da pressão. As autoclaves Woson possuem sensores de temperatura e pressão de altíssima precisão, a exemplo do PT1000, que controlam sua oscilação, tornando o processo mais rápido e mais eficaz, gerando um grande ganho de tempo e de qualidade no processo de destruição dos patógenos. A alta tecnologia empregada para operar temperatura e pressão, para gerar vapor saturado com a titularidade correta, para promover uma secagem segura protegida por um filtro hidrófobo quebra-vácuo com trama de 22µ e alta precisão, registros eletrônicos de ciclos, tudo isso entrega resultados de esterilização superiores às gravitacionais.
5. FASE DE EXAUSTÃO – terminado o patamar de esterilização, a bomba de vácuo entra em ação para produzir pressão negativa e iniciar automaticamente os pulsos de secagem absoluta de toda a carga (com porta fechada).
6. FASE DE QUEBRA DO VÁCUO – cumprido o tempo de secagem, ocorre o retorno da pressão negativa à pressão ambiente dentro da câmara de inox. O ar externo é admitido, através de filtro hidrófobo de 22µ, para dentro da câmara em pequenos pulsos para evitar choque térmico e evitar produção de condensado durante a secagem. O filtro assegura a esterilidade do material processado. Este é um ponto muito importante e crítico, pois durante o processo de secagem a embalagem se encontra ainda úmida (em estado de "secando"), e ainda vulnerável a recontaminação. O filtro hidrófobo bacterológico é um diferencial considerável nas autoclaves Woson. Apenas autoclaves Classe B a vácuo possuem secagem absoluta.
7. FIM DO CICLO – terminada a secagem e o retorno à pressão ambiente dentro da câmara, o equipamento começa gravar automaticamente as fases do ciclo completo em pendrive via USB e/ou imprimir em fita de termo impressora. Terminada a gravação, o painel da autoclave indica FIM DE CICLO. Neste momento pode-se abrir a porta e retirar a carga estéril para uso imediato ou armazenagem. É a esterilização em estado de segurança absoluta!
ORIENTAÇÃO AO CLIENTE
A colocação pari passu dos dois ciclos, seguindo o POP da ANVISA, visa mostrar e comparar os diferentes benefícios da autoclavagem gravitacional e pré-vácuo, importante para orientar o cliente na escolha da classe de autoclave que melhor se ajuste à sua necessidade clínica.
Profissionais ou especialidades críticas, que exijam um controle de infecção mais rigoroso, e desejem entregar resultados mais seguros a seus pacientes, devem preferir as autoclaves Classe B Pré-Vácuo.
Autoclave Pré-vácuo Classe B Woson
Woson - Biossegurança com responsabilidade
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