QUAL A DIFERENÇA ENTRE ‘TNT’ E ‘SMS’?

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ‘TNT’ E ‘SMS’?

'TNT' É A ABREVIATURA DE 'TECIDO-NÃO-TECIDO. E 'SMS' A ABREVIATURA DE 'SPUNBOND-MELTBLOWN-SPUNBOND'. DE FORMA BEM SIMPLIFICADA E DIDÁTICA, SEGUEM ALGUMAS EXPLICAÇÕES.

 

Há muitas dúvidas em torno destes dois ‘tecidos’, principalmente entre os profissionais que atuam em CME – Centros de Materiais e Esterilização, por se encontrarem muito presentes em sua rotina. Em tempos de pandemia, as dúvidas se potencializaram.

De forma simplificada e didática, seguem algumas explicações.

TNT é a abreviatura de ‘tecido-nãotecido’ e SMS a de ‘spunbond-meltblown-spunbond’.

Tecnicamente, o TNT é um material fabricado a partir de uma liga de fibras e um polímero (polipropileno) que são unidos e colados por calor ou pressão.

Segundo a ABNT/TB-392, o ‘tecido’ é uma estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios de urdume, e outro conjunto de fios de trama, formando ângulo de (ou aproximadamente) 90°. Já o SMS possui trama aleatória e desorganizada como os tecidos comuns.

A norma ABNT NBR-13370 informa que o TNT possui uma estrutura plana, flexível e porosa, composta de véu ou manta de fibras ou filamentos, consolidados por fricção, adesão, ou coesão – ou até mesmo a fusão destes processos todos.

No mercado internacional, o TNT é conhecido por *’nonwoven’* em inglês, *’nontissé’* em francês, *’vliesstoffe’* em alemão, *’nontessuto’* em italiano e *’notejido’* em espanhol. Portanto, é uma terminologia de conhecimento mundial.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ‘TNT’ E ‘SMS’?

 

E o SMS? É um tri-tecido laminado, com três mantas de filamentos aleatórios unidos termicamente. Compõe-se de fibras 100% polipropileno de estrutura plana, flexível e porosa.

A tecnologia spunbond resulta em uma lâmina com estrutura mecanicamente resistente e a tecnologia meltblown, outra estrutura microbiana com barreira de até 3 µ, que retém microrganismos e outros elementos iguais ou acima dessa medida.

A camada meltblown, que é a barreira microbiana, se coloca entre duas camadas spunbond.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ‘TNT’ E ‘SMS’?

 

Há perguntas frequentes sobre lavar e / ou esterilizar para reaproveitar TNT e SMS. Conforme os especialistas, nunca se lava o TNT para o uso pretendido. É passível, no entanto, de esterilização a +121°C por 20 minutos ou +134°C por 4 minutos.

Importante lembrar que o TNT não é barreira microbiana, por não possuir capacidade de filtração necessária para este tipo de aplicação. Já o SMS, que possui a barreira laminada microbiana de meltblown entre duas lâminas de spunbond, não se lava, não se esteriliza, não se reaproveita; usa-se e se descarta!

 

Algumas palavras sobre Papel Grau Cirúrgico

Possui duas lâminas, uma delas de plástico termo resistente e outra de SMS, fundidas lateralmente, onde se encontram indicadores químicos que mostram quando foi submetido ao calor e pressão de autoclave. Precisa de ser autorizado pela ANVISA e seguir as normas oficiais de segurança e qualidade.

A matéria prima do papel é madeira, da qual são extraídas fibras de celulose, convertidas em papel. No papel grau cirúrgico de qualidade, as fibras de celulose devem ser mais antigas e com uma porosidade controlada e sem resíduos de produtos tóxicos.

Grande parte da celulose para fabricação do papel grau cirúrgico de qualidade é importada dos países nórdicos, cujas árvores são derrubadas a cada 35 anos e, por conta do rigoroso inverno com cerca de 7 meses por ano, o risco de pragas atacarem as árvores é mínima!

Para preservar a pureza durante o processo de fabricação, não se adicionam branqueadores ópticos e seu peso não ultrapassa 60-65gr/m², além de possuir um pH neutro que oferece a alta resistência ao rasgo, não ocorre a liberação de pelugens, ocorre somente liberação de fibras!

Para que as fibras tenham resistência durante o processo de esterilização, utilizam-se colas resistentes a umidade e fibras de celulose mais finas, gerando elevada estabilidade mecânica, com um peso entre 60-80gr/m².

Esta estabilidade reduz significativamente o risco de contaminação. Sabe-se que a manutenção da esterilidade do material autoclavado é fundamental para o controle de infecção, um dos motivos pelos quais o papel grau cirúrgico é largamente utilizado nas CME's do mundo todo.

 

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Waldomiro Peixoto
Consultor Técnico Woson